Tutorial de Informática para viajantes do Tempo – Criando arquivo bat

Se você está viajando no tempo, acidentalmente ou de propósito, e está nos anos 80 ou primeira metade dos anos 90, pode ser obrigado a usar um PC, e muitas vezes precisa repetir comandos. O que leva muito tempo, mas, ironicamente, tempo é o que menos se tem em uma viagem no tempo, cada segundo perdido conta. Pode ser útil para a sua sobre vivência e a do universo(s) saber escrever um arquivo bat.

bat não tem nada a ver com morcegos, bat é uma abreviação de batch, lembre-se extensões só podiam ter 3 letras e nomes de arquivos só podiam ter 8 caracteres comuns e nada mais.

Na tela de comando. aquele C:\ escolha em que diretório gostaria de criar seu arquivo bat. Se criar na pasta errada talvez precise movê-lo, e isso não é assunto deste tutorial.

escreva na pasta desejada, vamos imaginar que seja a raiz.

c:\edit nome do arquivo.bat
substitua nome do arquivo pelo nome do arquivo, fez sentido para você? Ok.

c:\edit cat.bat

a tela ficará azul, não se assuste, está tudo dentro do esperado, mas se você estiver usando um PC com monitor verde (Não é o monitor em si, mas a tela que só tem preto e verde, facilmente identificável) e a tela ficar azul, aí você provavelmente criou um vortex temporal e está correndo grande perigo, esqueça o arquivo bat e fuja rapidamente. Mas se a tela do monitor ficou na cor correspondente, verde para monitor verde, branco para monitor de fósforo branco, então continue com este tutorial.

C:\edit cat.bat

na tela verde/azul/branca (dependendo do ano e do monitor que você estiver viajando/usando digite.

cd c:\Jogos
cd c:\jogos\cat
cat.exe

Não esqueça de salvar antes de sair do editor.

Este é um exemplo com um clássico jogo da época, Alley Cat. Se você estiver no meu primeiro PC estes comandos funcionarão, mas em outros PCS de outras pessoas talvez você precise dar alguns comando dir (tutorial anterior) para saber o que fazer.

Outros comandos do MS-DOS podem ser usados em um arquivo bat.

E este foi mais um Tutorial de Informática para Viajantes do Tempo.

Tutorial de Informática para viajantes do Tempo – O Comando DIR

Se você está viajando no tempo, acidentalmente ou de propósito, e está indo para os anos 80, ou até começo dos anos 90 é bem capaz que você se depare com computadores, e devido a dramaticidade intrínseca das viagens desse tipo é bem capaz que o uso do PC resulte na salvação ou destruição do Universo(s).

Você se depara com aquela tela preta e um único C:\ em verde te encarando. O que fazer?

NÃO ENTRE EM PÂNICO.

Comece com o comando DIR. Este comando mostra os arquivos e diretórios em disco.
Ok, você escreveu dir e deu enter (não esqueça do enter, também chamado na época por ENTRA) e tudo correu desesperadamente pela tela. Sem crise.

Use c:\dir /w e tudo sai em coluninhas.
não ajudou?
Use c:\dir /p e uma parte será mostrada, quando pressionar a barra de espaço mais um pouquinho é mostrado. Sim, é P de pause.
Para diretórios ordenados use /o
Se desconfia de espiões soviéticos e hackers do mal é só usar /a e o dir revelará os arquivos ocultos.
Precisando de mais e com tempo? Use c:\dir /? e o computador te ajuda listando todos os comandos do dir.

Dicionário de informática para viajantes do Tempo

Estamos acostumados, ou deveríamos estar, com os termos técnicos e gírias da informática. Já são décadas convivendo com computadores, alguns mais outros menos. Mas a língua é uma cosia dinâmica e sempre mutável, isso vale também para os jargões da informática.

Se você viajar no tempo, acidentalmente ou de propósito e rumar para os anos 80 é bom saber alguns termos da informática da época. Lembre-se: Em uma viagem no tempo qualquer coisa pode significar a diferença entre a existência ou destruição do universo (ou universos) como o conhecemos.

Termos mais importantes:

Disquete: Não estamos falando do chocolate que imita o confete que por sua vez imita o M&M. É um disco flexível de armazenamento de informações. Se você está nos anos 80 eles são chamados também por 5 1/4. E adivinhem o tamanho deles? 5 1/4 polegadas.

Winchester: Não, não estamos falando de armas aqui. Winchester é como chamavam os HDs dos computadores, as vezes chamavam o CPU todo de Winchester, muitas vezes diziam “vinchester” com V mesmo. O nome vem da arma, que tinha calibre 30.30. O HD da IBM tinha 2 eixos de 30mb, então eram chamados de 30 30, alguém começou a chamar de Winchester. O nome pegou.

Controle: É o que você chama de contra, e que está escrito assim no seu teclado “CTRL”. Alguns chamavam de controll, a maioria falava controle e alguns chamavam de controlo.

Alternar: É o que você chama de Alt, e é colo está escrito no seu teclado.

Delete: Esse é obvio, é o del, mas hoje se fala delete. Alguns diziam da maneira correta (delite).

Então se alguém em 1986 gritar para você “Rápido aperte Controle, Alternar e Delete” você já sabe do que se trata.

Wordstar: O grande editor de texto da época. Era texto e só isso, não tinha corretor ou inserir imagens. E para escrever “Ç”   você tem que ir lá no acento agudo e depois no C. As vezes nem acentuação o wordstar aceitava.

Porta serial: Era onde se ligavam as todas as coisas no PC, mas quase sempre quando alguém falava de porta serial estava se referindo à porta da impressora. Nesse caso é a grandona.

Porta paralela: É a porta da impressora mesmo, foi feita pra isso. depois apareceram muitos periféricos ligáveis a ela, até botar dois pcs pra conversar. Hoje em dia só entusiastas de velharia que a usam pra algo.

Com esse pequeno dicionário a maior parte dos erros de comunicação envolvendo informática estão sanados, termine sua viagem sem efeitos borboletas e destruições globais.

Jonny Quest

Chega de comerciais por enquanto, então que tal mais um desenho animado para ser lembrado, diferente do Super Presidente da semana passa, esse é bom, muito bom.

Um excelente desenho dos anos 60, revivido nos anos 80 de uma maneira bastante besta e nos anos 90 recebeu uma versão que fazia jus ao seu legado.

Jonny Quest estreou em 1964, teve apenas uma temporada de 26 episódios e causou fascínio e estranheza. A parte da estranheza era por seus traços realistas, bastante incomuns nos desenhos animados da época, e principalmente nas produções de Hanna Barbera. O fascínio vinha de roteiros que em muito lembravam os livros de aventuras fantásticas de ficção, no melhor estilo Júlio Verne.
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A animação era excelente, com sombras bem definidas e pesadas, e a trilha sonora, bom… a trilha de abertura já indicava toda a aventura que ia ter e continua inconfundível.

Dr. Quest, um brilhante cientista estava sempre explorando algum lugar ou a trabalho para o governo combatendo ameaças inimagináveis. Sociedades secretas, múmias e alienígenas, tudo era assunto para o Dr. Quest. Junto dele sempre estava seu filho, Jonny Quest, quem servia de guia e referência para o jovem espectador pela série. O melhor amigo de Jonny era Hadji, um indiano bastante estereotipado, mas eram os anos 60, então tudo bem. Quem fazia toda a parte de ação era Race Banon, um amigo do Dr. Quest, veterano em luta, pilotagem, sobrevivência e tudo mais que envolvesse força bruta. E para completar a equipe havia Bandit, o cão de estimação da família Quest.

Altamente recomendável e passa fácil na regra dos 15 anos.

Mas nem tudo é só aventura e gloria nessa vida…

The New Adventures of Jonny Quest: Isso era horroroso. Já bem mais infantil e sofrendo de um decaimento de qualidade, Jonny Quest de 1986, foram apenas 13 episódios e introduziram  Petrônius. Um monstro de pedra viva que era ridículo e chato.


The Real Adventures of Jonny Quest: de 1996 foi um rebbot da série original. Com tudo mais modernizado a série volta com duas temporadas de 26 episódios cada, e com ótima qualidade de animação e roteiro. Petronius foi para sempre esquecido, ainda bem. E como nos anos 90 os produtores perceberam que o público masculino era só metade da audiência, Race Bannon ganha uma filha, Jessie Bannon. Tão corajosa como o pai, e muitas vezes mais inteligente que Jonny, era, em muitos casos, uma co-protagonista, mesmo que seu nome não tivesse nos créditos. Jonny e Hadji não são mais crianças, nos anos 60 ainda fazia algum sentido expor crianças de 10 anos a perigos como terroristas e monstros radioativos, nos anos 90 pegaria mal, e o público se identificaria bem mais com um trio de adolescentes do que com crianças.

E pensar que já foram 20 anos da ultima vez que alguém viu um episódio novo de Jonny Quest. A idade chega pra todos, até para os Quests. Infelizmente nada mais foi feito em animação com a franquia. Um

Links:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jonny_Quest
http://seriesedesenhos.com/index.php/desenhosantigos/item/578-jonny-quest-1964
https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Real_Adventures_of_Jonny_Quest
https://en.wikipedia.org/wiki/The_New_Adventures_of_Jonny_Quest  
http://jonnyquest.com.br/

 

Informática para viajantes do Tempo: Abortar, Repetir, Falhar.

Se você viajar no tempo, acidentalmente ou de propósito, lá para os anos 80, e até começo de 90 (até 95) e precisar copiar um arquivo ou, até mesmo, acessar um arquivo ou disquete pode se deparar com a seguinte mensagem:

Erro de ao ler arquivo1
(A)bortar (R)epetir (F)alhar.

Provavelmente, pela natureza dramática de toda viagem no tempo, sua vida dependerá de você resolver esse problema, as vezes até todo o universo pode estar em risco.

Se você não sabe o que fazer, explicarei:
A de Abortar significa que você quer para com tudo. Esse é o seu plano C.

R significa que você quer repetir a operação, é bom tentar esse primeiro, se tiver tempo, tente mais de uma vez, as vezes as coisas voltam a funcionar por elas mesmas.

F é falhar, isso é meio arriscado, você está dizendo par ao computador o seguinte: Desencana desse pedaço e roda o resto do jeito que der. As vezes pode acabar com o universo (mas mais provável que trave seu jogo no meio).

E este foi mais um Informática para viajantes do Tempo.

As grandes propagandas de um banco não tão grande assim.

É incrível como um banco que minou tão rápido tenha conseguido emplacar duas campanhas excelente que ultrapassaram e por muito sua existência.

Se você tem mais de trinta ano é bem capas que quando escuta alguém dizer “é o tempo passa” você complete em sua cabeça “…o tempo voa, mas a poupança Bamerindus continua numa boa…” E essa é a ironia, o Bamerindus acabou e foi um final meio horroroso. O Banco Bamerindus começou nos anos 30, teve um monte de mudanças e fusões e só veio a receber o nome que todo mundo lembra nos anos 70. A coisa ia bem, mas as mudanças dos anos 1990, que foram beneficiárias para muitas empresas e cruel para outras, acabam por minar o Bamerindus. Ele começou a afundar em 1994 e terminou em 1997.

O tempo passa, o tempo voa é a mais famosa, e a poupança Bamerindos não está mais numa boa.

E a Vitrola.

Esse muita gente lembra, mas nem lembra do que era esse comercial. Mas quem nos anos 1990 não respondeu bem devagar “vitrola” para alguém que disse “ein?” por não entender uma pergunta?

TV – Vídeo Cassete Dueto Philco

 

Um dos produtos mais idiotas já criados pela humanidade é o dueto da Philco. Uma TV (nas opções de 20 e 14) acopladas com um vídeo cassete. Pra quem conviveu com esses rodadores de fita sabe o transtorno que era quando uma fita enroscava ou quando o cabeçote precisava de um banho. Juntar isso a um trambolho de uma TV era uma péssima ideia. 2x mais coisas para darem defeito.

Mas nem tudo era ruim nessa aberração da Philco, os comerciais eram bem legais. É… eram legais pra época, hoje são um tanto quanto racistas e estereotipados. Campanha veiculada no início dos anos 90.

a campanha teve 2 comerciais (pelo menos me lembro de apenas dois). No primeiro o índio, (que depois descobriríamos que chama Grande pai 20) encosta seu ouvido no solo e escuta quem vem. Ele relata que são dois, sempre juntos “tv em cima, vídeo cassete em baixo”.

No segundo comercial, Grande Pai 20 fala ao pequeno 14 sobre as vantagens da TV e do vídeo cassete “Mas aquele monte de fio para ligar é um pé no saco”.

Não foi apena nessa campanha que o Philco usou o tema de velho Oeste.

Esse nem é tão memorável, mas é legal também. O pistoleiro mata o vídeo cassete velho.

A Culpa é do Wes Cherry

 

Estamos em 1992 e você trabalha num escritório, está digitando algumas coisas do Wordstar (o avô do Word), o chefe resolve dar uma saidinha, o escritório está vazio. Você salva cuidadosamente o documento, digita C:\win.com e inicia o Windows 3.0. Vai até a janela jogos e clica no Paciência.

O tempo passa, você se distrai e quando percebe é tarde demais, o chefe já viu e você já está tomando esporro. Sabe de quem é a culpa?

De Wes Cherry.

Os jogos de cartas para computador apareceram logo no início da computação, sua simplicidade permitiam aos programadores o fazerem, ainda que nem tivessem essas cartinhas bonitinhas, eram só modo texto.

Mas a Microsoft que popularizou o jogo, primeiro rodando uma versão para Spectrum lançada em 1988, que também rodava em PCs. Mas esse é só o começo, mas longe de ser o clássico com suas cartas temáticas e final único.

Mas a grande popularidade do jogo de cartas que a sua avó jogava (acho que nem avós jogam mais com cartas) veio em 1990 com o Windows 3.0

Wes Cherry era estagiário na Microsoft, e por um acaso, como estudo, tinha criado uma versão do Klondike (outro nome para paciência) para o Windows 2.2 (Sim, aquele Windows que ninguém lembra e que praticamente ninguém usava). Mas a Microsoft precisava vender se Windows, e ensinar as pessoas como usar o mouse. Acreditem, em 1990 era complicado pra uma cacetada de gente apontar, arrastar, clicar e dar double click. E o Paciência (originalmente chamado de Solitaire) foi a solução.

Um jogo que exigia todos esses movimentos, rodava bem e era suficientemente casual para ser nativo de uma plataforma de trabalho e entretenimento como o Windows tentava ser. Lembre-se, nessa época Windows não era um sistema operacional, era considerado pouco mais que uma curiosidade. Vendê-lo era necessário, era uma nova ideia, mais ou menos como a Apple convenceu todo mundo de que um tablet era uma boa ideia.

A coisa deu certo, muito certo, nos anos 90 explodiram versões de paciência, fáceis de programar, e com um interesse estabelecido era de se esperar um número absurdos de sharewares (o elo perdido entre o demo e o software) e foi o que tivemos. Praticamente toda publicação de distribuição, como aquelas revistas que vinham com disquetes e posteriormente com cds de jogos traziam alguma versão de Paciência.

O tempo passou e com o Windows 95 veio o Freecell e com o XP veio o Spider.

Wes Cherry é pouco lembrado por seu feito, pelo qual não recebeu nada, ele só veio ganhar algum dinheiro com sua versão de Pipe Dream para Windows 3.0, mas nada demais, só uma centena de dólares.

Numa entrevista Cherry disse que se recente por não receber por seu trabalho em Paciência, principalmente porque quem jogou, provavelmente foi pago para jogar. Na mesma entrevista ele revela o quanto odeia Freecell e que gostaria que todo mundo que jogou Paciência lhe pagasse um centavo, ele até prometeu uma grande festa se isso acontecer.

Também revelou que existia um atalho secreto no jogo que disfarçava a tela com uma tela de trabalho genérica, mas a Microsoft a removeu. Entre outras curiosidades revelou que o design das cartas foram feitos por sua namorada na época, e que uma das estampas menos lembradas, aquele cara segurando os ases, a última da seleção, foi inspirada nessa música do Greatful Dead

Hoje em dia Wes Cherry não trabalha mais com computadores, ele gerencia sua própria produção de cidra de maçã (não, ele não é dono da Cereser). Sua empresa tem o nome badass de Dragon´s Head Cider.

Cherry pode ser o causador de milhões de horas de improdutibilidade e o maior causador de demissões do mundo, pode até ter causado uma grande crise em 1991, mas não dá pra negar que todos nós, em algum momento, jogamos o seu joguinho (ou uma versão qualquer dele).

Wes Cherry, minha avó, dona Cita, que adora paciência e odeia embaralhar é eternamente agradecida ao senhor.

E lembrando, para virar uma única carta precione Ctrl-Shift-Alt antes de clicar no monte.

Paciência está listado entre os 12 finalistas para entrar para o Hall of Fame of Games, torcemos por ele.

E anos atrás um grupo de artistas fez essa escultura aqui, se você é velho ficará emocionado. Lars Marcus e Theos cotaram e colaram mais de 1000 cartas para produzir isso.

Eu ia adorar tem um desses:

Links:

How a College Intern Created Microsoft Solitaire, Possibly the Most Played Computer Game Ever

http://www.b3ta.com/interview/solitaire/

http://www.dragonsheadcider.com/

https://en.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Solitaire

http://laughterizer.weebly.com/home/lars-marcus-and-theos-real-life-solitaire-sculpture

The History of Computer Solitaire

 

 

Jed, Aquele Cão-Lobo que todos com mais de 30 amavam, mas talvez não lembram.

 

É tarde da noite, uma reprise passa no Corujão, O Enigma de Outro Mundo (The Thing, 1982), você começa a ver e é claro, já viu esse filme antes. O filme vai passando, você meio dormindo, mas uma cena chama sua atenção, dá aquela despertada e na tela, aquele cachorro que corria no começo do filme agora virou um monstro. Os efeitos especiais são ótimos e tal, mas não é essa parte que interessa hoje, mas sim o tal cão, ou lobo, na verdade as duas coisas.

Jed não é lembrado por esse seu pequeno primeiro papel no cinema, mas é muito lembrado por Caninos Brancos (White Fang, 1991).
Caninos Brancos, (White Fang, 1991) é uma adaptação do livro de Jack London de 1910. Durante a corrida do ouro, um filhote de lobo é capturado e feito animal de estimação. É um daqueles filmes da época que a Disney ainda fazia live actions (com o selo Disney) e é daqueles filmes que toda criança nos anos 90 assistiu e que hoje se perguntaria: Como me deixaram ver isso?

trailer


Os longas para crianças nos anos 80 e começo dos anos 90 eram do tipo formadores de caráter, em outras palavras, traumatizar para toda a vida. Não acredita: O regresso do Corcel Negro, Em Busca do Vale Encantado, Labirinto, e é claro Caninos Brancos.

Antes disso Jed já fez outro grande papel, Viagem Clandestina ou a Grande Jornada, o filme saiu com esse dois nomes no Brasil (The Journey of Natty Gann, 1985). Esse é um ótimo filme da era dos live actions dramas da Disney, o tipo de coisa que, como Caninos Brancos, formou caráter, mas que hoje é considerado um tanto emocionalmente pesado para crianças.

Não lembra? Toma uma resenha:

Em 1935, durante a depressão, o pai de Natty só arruma um emprego numa madeireira muito longe de casa, ele não tem como levar a filha de 12 anos. Ele a deixa a cuidados de uma amiga, que odeia a menina e vai, assim que recebesse o primeiro salário mandaria dinheiro para ela viajar. Mas ela foge e toma uma grande viagem até seu pai. No caminho ela resgata um cão-lobo de rinhas de cães e conhece Harry, um órfão. É uma boa história de crescimento, jornada e estrada.

trailer do filme

A  participação do nosso lobo preferido

Um ótimo filme, difícil de achar, beirando o quase impossível, Caninos Brancos é bem mais acessível, e tão bom quanto, mas vale o esforço de procurar Viagem Clandestina. Ainda é um ótimo filme de busca, crescimento, jornada e todas essas coisas esperadas de um filme desses.

Mas, Jed morreu depois de um filme bem ruim, como Raul Julia que tem uma carreira impecável, mas tem como seu último filme Street Fighter. Jed morreu um ano após reprisar seu papel em Caninos Brancos 2. Deve ter morrido de roteirite. Eita filme ruim.

Tudo que Caninos Brancos tem de bom, sua continuação tem de ruim. Roteiro fraco, continuação desnecessária e um drama completamente vazio. Pra quem é muito novo é como  Marley e Eu e sua continuação completamente esquecível.

Jed nasceu em 1977 e morreu aos 18 anos em 1995, ele ela misto de lobo com malamute do Alasca. Com 4 filmes, e em dois no papel principal, foi o cão que muita criança, hoje beirando os 40, gostaria de ter. Ele foi treinado por Clint Rowe, um dos mais famosos treinadores de animais de Hollywood.

Links:

https://en.wikipedia.org/wiki/Jed_(wolfdog)

Jed the Wolf Dog

http://www.imdb.com/name/nm0746487/

https://hubpages.com/animals/jed-white-fang-natty-gann

https://www.findagrave.com/cgi-bin/fg.cgi?page=gr&GRid=86513580