Jonny Quest

Chega de comerciais por enquanto, então que tal mais um desenho animado para ser lembrado, diferente do Super Presidente da semana passa, esse é bom, muito bom.

Um excelente desenho dos anos 60, revivido nos anos 80 de uma maneira bastante besta e nos anos 90 recebeu uma versão que fazia jus ao seu legado.

Jonny Quest estreou em 1964, teve apenas uma temporada de 26 episódios e causou fascínio e estranheza. A parte da estranheza era por seus traços realistas, bastante incomuns nos desenhos animados da época, e principalmente nas produções de Hanna Barbera. O fascínio vinha de roteiros que em muito lembravam os livros de aventuras fantásticas de ficção, no melhor estilo Júlio Verne.
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A animação era excelente, com sombras bem definidas e pesadas, e a trilha sonora, bom… a trilha de abertura já indicava toda a aventura que ia ter e continua inconfundível.

Dr. Quest, um brilhante cientista estava sempre explorando algum lugar ou a trabalho para o governo combatendo ameaças inimagináveis. Sociedades secretas, múmias e alienígenas, tudo era assunto para o Dr. Quest. Junto dele sempre estava seu filho, Jonny Quest, quem servia de guia e referência para o jovem espectador pela série. O melhor amigo de Jonny era Hadji, um indiano bastante estereotipado, mas eram os anos 60, então tudo bem. Quem fazia toda a parte de ação era Race Banon, um amigo do Dr. Quest, veterano em luta, pilotagem, sobrevivência e tudo mais que envolvesse força bruta. E para completar a equipe havia Bandit, o cão de estimação da família Quest.

Altamente recomendável e passa fácil na regra dos 15 anos.

Mas nem tudo é só aventura e gloria nessa vida…

The New Adventures of Jonny Quest: Isso era horroroso. Já bem mais infantil e sofrendo de um decaimento de qualidade, Jonny Quest de 1986, foram apenas 13 episódios e introduziram  Petrônius. Um monstro de pedra viva que era ridículo e chato.


The Real Adventures of Jonny Quest: de 1996 foi um rebbot da série original. Com tudo mais modernizado a série volta com duas temporadas de 26 episódios cada, e com ótima qualidade de animação e roteiro. Petronius foi para sempre esquecido, ainda bem. E como nos anos 90 os produtores perceberam que o público masculino era só metade da audiência, Race Bannon ganha uma filha, Jessie Bannon. Tão corajosa como o pai, e muitas vezes mais inteligente que Jonny, era, em muitos casos, uma co-protagonista, mesmo que seu nome não tivesse nos créditos. Jonny e Hadji não são mais crianças, nos anos 60 ainda fazia algum sentido expor crianças de 10 anos a perigos como terroristas e monstros radioativos, nos anos 90 pegaria mal, e o público se identificaria bem mais com um trio de adolescentes do que com crianças.

E pensar que já foram 20 anos da ultima vez que alguém viu um episódio novo de Jonny Quest. A idade chega pra todos, até para os Quests. Infelizmente nada mais foi feito em animação com a franquia. Um

Links:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jonny_Quest
http://seriesedesenhos.com/index.php/desenhosantigos/item/578-jonny-quest-1964
https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Real_Adventures_of_Jonny_Quest
https://en.wikipedia.org/wiki/The_New_Adventures_of_Jonny_Quest  
http://jonnyquest.com.br/

 

Super Presidente

Com todo esse lance de Donald Trump rolando, cada pouco é uma história nova, é bom lembrar do Super Presidente, desenho estranhíssimo e mal feito dos anos 60 que chegou até as TVs brasileiras. Esse é pra quem tem mais de 40.

Os desenhos animados nos anos 60 eram esquisitos, alguns mais que outros, mas esse é esquisito entre os esquisitos.

Em 1967 um desenho sobre um presidente que sofre um bizarro acidente com raios cósmicos e se torna um poderoso transmorfo passava na NBC. Foi apenas uma temporada com 30 episódios de 15 minutos.

O presidente do Estados Unidos, James Norcross, tinha uma identidade secreta de super presidente. É é meio idiota o presidente se chamar de Super presidente e achar que alguém não vai notar isso. Seu poder de transmutar sua matéria em outros materiais, como pedra, aço, granito, ouro etc.

o Brasil passou na TV Tupi nos anos 70.

A animação é meh e aparentemente o único personagem razoavelmente bem desenhado é o tal Super Presidente. Mas é bem interessante de perceber a bagunça que eram os anos 60. Enquanto tinha desenho sobre presidente dos EUA tinha também sobre contra cultura e tal. Crescer vendo TV nos EUA deve ter sido uma loucura.

Um episódio

Links:
http://www.infantv.com.br/s_presidente.htm
https://en.wikipedia.org/wiki/Super_President
http://dangerousminds.net/comments/super_president_this_forgotten_1967_cartoon_was_gloriously_stupid_and_racis